terça-feira, 31 de março de 2015

1889: Conclusão da Torre Eiffel

Deutsche Welle

Em 31 de março de 1889 era concluída a torre de 300 metros de altura projetada pelo francês Gustave Eiffel. A obra, construída para a Exposição Mundial em Paris, levou pouco mais de dois anos para ser concluída.
Símbolo inconfundível da França
Para que fosse atingida a altura recorde de 312 metros e 27 centímetros, foi incluído também o tamanho da bandeira francesa, hasteada no topo da Torre Eiffel, inaugurada em 31 de março de 1889. Afinal, tudo tinha que ser extraordinário para marcar a Exposição Mundial, justamente cem anos depois da Revolução Francesa.
Números e mais números foram citados, recorde em cima de recorde, para representar uma nova era de tecnologia e desenvolvimento. A Torre Eiffel pesa mais de 10 mil toneladas, sua escada tem 1.665 degraus, mais de 18 mil barras de metal, 2,5 milhões de rebites. Hoje símbolo indiscutível de Paris, a obra foi bastante criticada na época.
No dia 14 de fevereiro de 1887, o jornal francês Le Temps publicou uma carta de protesto de artistas da França, que chamavam a torre de "monstro": "Nós, escritores, pintores, escultores, arquitetos e amantes da até agora intacta Paris, protestamos contra a força criativa mercantil de um engenheiro mecânico que quer tornar esta cidade irrevogavelmente feia. Imaginem esta ridícula torre, que mais parece uma chaminé de fábrica. Ela vai humilhar todos os nossos monumentos. Durante 20 anos, seremos obrigados a ver a sombra desta coluna de ferro como uma mancha de tinta sobre toda a cidade".
A torre em cartão postal de 1910
Artistas indignados, povo admirado
As críticas foram muitas e a criatividade dos xingamentos não tinha limites. Paul Verlaine a comparou com um esqueleto urbano; Guy de Maupassant, com uma "pirâmide alta e estreita de escadas de metal". O povo ignorou as advertências dos artistas. Duas milhões de pessoas visitaram a Torre Eiffel em 1889, durante a Exposição Mundial.
Seu criador foi Gustave Alexandre Eiffel. Nascido em Dijon, no ano de 1832, era conhecido acima de tudo pelas suas pontes ferroviárias e observatórios astronômicos de Bordeaux e Nice, na Hungria e também em Portugal. Aos críticos, Eiffel respondia na linguagem técnica de alguém que acreditava na beleza e elegância de fórmulas matemáticas: "As curvas do monumento darão ao todo a impressão de força e beleza. O colossal exerce uma certa magia, um charme próprio, que não corresponde a nenhuma teoria clássica das artes".
Outro recorde foi o tempo de construção da Torre Eiffel: dois anos, dois meses e cinco dias. Como agradecimento, Gustave Eiffel recebeu da França a mais alta condecoração. No dia da conclusão da obra, e no degrau mais alto da torre, ele recebeu a Medalha da Legião de Honra.
Mais tarde, a grande bandeira tricolor francesa foi substituída por uma antena de radiodifusão. O que, aliás, representou mais um recorde para a Grande Dama de Paris: ela ficou com a altura de 318 metros e 70 centímetros.

  • Autoria Gérard Foussier (rw)

Heinrich Hosang – Primeiro Cervejeiro de Blumenau

Cervejaria alemã do século XIX.
Atualmente, entre outras coisas – Blumenau é conhecida pela arte artesanal dos cervejeiros – consolidada no grande eventoFestival Brasileiro da Cerveja, no qual se reúnem os maiores cervejeiros do país e fora dele. 
A História dos cervejeiros em Blumenau é muito antiga. Quase tão antiga quanto a história da cidade, a partir de seu primeiro núcleo urbano. O tempo da Schützenverein, do Stammtisch, da Frohsinn, da Gemütlichkelt, dos Encontros de Corais, dos torneios de canto e dos Torneios de Skat que aconteciam regadas com uma boa cerveja artesanal. A bebida faz parte da cultura desses imigrantes alemães e acompanhava os momentos de atividades sociais da Colônia Blumenau.
Stammtisch na frente do Schützenverein ((Sociedade de Tiro) Blumenau – Atual Tabajara – Encontro de amigos ao ar livre – personalidades de Blumenau do século XIX, skat e cerveja sobre a mesa. Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva.




Stammtisch na frente do Schützenverein ((Sociedade de Tiro) Blumenau – Atual Tabajara – Encontro de amigos ao ar livre – personalidades de Blumenau do século XIX, skat e cerveja sobre a mesa. Fonte: Gerlach.

Blumenau colônia tinha muitos desafios a serem vencidos de ordem primária a partir de privações básicas originadas pela ausência de infraestrutura e de construções de povoações com seus equipamentos básicos. Isto não foi impedimento para a manutenção das práticas sociais, através de inúmeras atividades religiosas, esportivas, culturais e o brinde com a cerveja artesanal.
“Vivem, apenas na nossa recordação, as reuniões sociais, os bailes onde a cerveja crioula imperava em cada mesa, farta e barata, sobre os balcões dos bares, iluminando o geral contentamento, que se traduzia em cantos e vivas, de mistura com as polcas e valsas da orquestra de sopro, entre as quais sobressaiam as que tinham por mestres o Lindner, o Rüdge e o singular August Werner, cujo piston, assoprado por possantes bochechas faziam estremecer as vigas dos salões, cobertas de bandeirinhas de papel de seda multicor.” José Ferreira da Silva – 1960
Uma gravura de um Stammtisch – na Alemanha em 1519.

Características garrafas de cerveja de Blumenau do século XIX e início do século XX – Acervo do Museu dos Clubes de Caça e Tiro – Bairro Itoupavazinha – Blumenau SC.









A primeira cervejaria de Blumenau – Cervejaria Hosang  Bairro Victor Konder

Foi natural, que entre tantas práticas culturais, os primeiros colonos alemães trouxeram em suas bagagens a arte de preparar a cerveja. Na Alemanha, muito mais que uma tradição é quase um culto natural.
Já ouvimos em pleno Festival de Cerveja de Blumenau, que este deveria ser sonorizado com “sambinha”, aludindo que esta é a música “brasileira”, o que não é. O Brasil é continental e o samba é natural e presente nas duas primeiras capitais do Brasil – Rio de Janeiro e Salvador, onde a população escravizada pelos pioneiros portugueses foi a maior do país e a partir do intercâmbio cultural entre as duas culturas – surgiu o samba.
Em nossa cidade natal, Urubici, por exemplo, o samba não é popular e também, em muitas outras cidades e regiões do multicultural continental território brasileiro. Também afirmamos que a primeira cerveja brasileira foi feita por um pioneiro, ou cervejeiro alemão e também, em Blumenau.
No Festival da Cerveja de Blumenau poderia ser tocado o Blasmusik, ou música cultural local e teríamos muitos visitantes que apreciaram o conjunto da obra – original conjunto, integrado, de fato, com a origem da cerveja na região da antiga Colônia Blumenau e é o que mostra o presente artigo, ao apresentar a primeira cervejaria do Vale do Itajaí – Cervejaria Hosang.


A Música tocada na Cervejaria Hofbräuhaus – da cidade de München – Sul da Bavaria, ou em qualquer cervejaria da Alemanha – origem da cultura regional do Vale do Itajaí. Fizemos o vídeo em maio de 2016. É tradição e é atemporal – alinhada à origem da cerveja e história da cervela local.
Bávaros devidamente trajados, no mesmo bairro da cervejaria Hosang, na Cervejaria de Otto Jennrich. que música estas pessoas ouviam, ou tocavam?

Se o evento fosse no Rio de Janeiro, por certo e acertadamente, a música seria samba e não Blasmusik. A originalidade é um elemento importante e devemos oportunizar esses momentos, situações e contextos espacial, social e cultural.

A Primeira Cervejaria de Blumenau e da Região do Vale do Itajaí

Heinrich Peter Andreas Hosang, que nasceu em 29 de março de 1828 na localidade de Esbeck, Alemanha, decidiu migrar para o Brasil, após receber uma pequena fortuna – herança de sua mãe.
Antes de chegar em Blumenau, desembarcou no Rio de Janeiro, onde, em contato com conterrâneos seus, de cervejeiro. Soube das colônias alemãs no Sul do Brasil e, onde também, existiam inúmeras oportunidades de investimentos, alinhado fato, de que o clima era mais ameno. Mudou-se, então, para Blumenau em 29 de março de 1858. Tinha acabado de completar 30 anos de idade. Na época, Heinrich Hosang  adquiriu um lote colonial de Hermann Blumenau, às margens do Ribeirão Garcia.
Propriedade autossuficiente dos primeiros pioneiros e de seus descendentes. Eram pequenas industrias alimentícias, onde nos ranchos eram produzidos manteiga, mussi, nata, conservas de frutas e legumes, embutidos ente outros produtos derivados da matéria prima produzida na propriedade. Semelhante a essa propriedade era a de Heinrich Hosang, no bairro Garcia.
Além de trabalhar nas plantações e cuidar das “criações”, no seu lote colonial, como faziam todos os primeiros colonos, pois tinham que garantir o sustento da propriedade e a alimentação básica e também, teve outra ideia. Ao perceber que a Colônia Blumenau não possuía cervejaria, montou uma fábrica de cerveja – ofício que aprendeu com seus conterrâneos no Rio de Janeiro, antes de embarcar para Blumenau.
“…Havia desembarcado, originalmente, no Rio de Janeiro. Curiosamente foi lá e não na Alemanha que aprendeu a fabricar cerveja, com cervejeiros alemães que lá haviam se estabelecidos. Como sabia que no Sul do Brasil o clima era mais ameno e que lá estavam surgindo diversas comunidades alemãs, decidiu-se aventura-se para lá.”  PANTZIER,  p. 99.
Fonte: Gerlach.
Em 1860, mudou-se para a atual Rua São Paulo, estrada dos pioneiros que seguia até o Alto Vale do Itajaí que passava pela comunidade de Altona. Nesta rua, construiu duas edificações em lugares diferentes e em tempos distintos. Na primeira, onde  viveu e trabalhou pouco tempo, localizada nas proximidades da Rua Paulo Zimmermann.  Observou que local estava susceptível, com mais facilidade a inundações. Havia instalado sua cervejaria neste local. Construiu sua segunda residência, um quilômetro, subindo a Rua São Paulo, a partir da primeira, localizada no atual bairro de Blumenau Victor Konder. Esta segunda edificação na  Rua São Paulo, foi inspirada na sua casa paterna – localizada na cidade de  Elsbeck, na Alemanha. Foi durante algum tempo a maior e mais imponente edificação de Blumenau. Levou consigo as instalações da cervejaria que ficavam contíguas à sua sala de jantar. Nesta parede existia uma janelinha coberta por um quadro, na qual, Hosang podia observar os seus funcionários trabalhando.
Segunda Casa/Cervejaria na Rua São Paulo. Por algum tempo, foi a edificação mais imponente de Blumenau.

“Devido às enchentes que vinham se repetindo, o Sr. Hosang decidiu se mudar para u lugar mais alto. Primeiramente construiu uma casa, que com muitas modificações, existe até hoje. Fica na atual Rua São Paulo, separada do posto de gasolina Hass pela Rua Paulo Zimmermann, onde mais tarde, por muito anos morou a família Sada. Vendo que este lugar também podia ser alcançado por enchentes, comprou uma colônia de terras do Dr. Blumenau, que começava em uma das partes mais altas da mesma Rua São Paulo. Nesta época havia apenas um caminho carroçável até lá e ficava uns mil metros adiante da primeira casa que edificou. O terreno se estendia até o Ribeirão da velha. Para o padrões de hoje a área era enorme. Neste lugar construiu uma casa que tinha certa semelhança com a casa dos pais em Elsbeck, na Alemanha, e que, sem dúvida, era a maior e melhor casa de Blumenau da época. O arco que dava acesso ao pátio interno, calçado com cabeças de pedras roliças do rio, foi totalmente inspirado na casa paterna. Mandou instalar um belo jardim, no qual se destacava uma alameda de camélias de cor branca e rosa. Foi chefe de uma das famílias mais bem posicionadas e influentes da cidade.” PANTZIER, p.100.
A Casa, de acordo com PANTZIER, foi a primeira casa de Hosang, na Rua São Paulo, foi demolida para a construção de uma farmácia.

Localização das duas casas/cervejarias de Hosang na Rua São Paulo. A primeira localizada no centro e segunda no Bairro Victor Konder.

Heinrich Peter Andreas Hosang se casou com Helene Friederike Henriette Brandes, filha de Johann Heinrich Julius Brandes e de Johanna Wilhelmine Philippine Franziska Peachau, nascida em 20 de outubro de 1838, no mesmo Condado da origem da família do fundador Hermann Blumenau, Braunschweig, Alemanha. Johanna era 10 anos mais jovem que o seu marido. Nesta época a Colônia Blumenau possuía em torno de 190 famílias e uma população aproximada de 950 pessoas. José Ferreira da Silva deixou registrado em um, de seus muitos textos, que Heinrich Hosang, adquiriu um terreno de 150 geiras, no valor de 450$000, pagos à vista. A Cervejaria Hosang foi a primeira cervejaria na Colônia Blumenau e pioneira. Outras surgiram, mas nunca foram concorrência para a tradição da Cervejaria Hosang que se desenvolveu muito nos anos seguintes. Era a marca preferida do comércio local. O casal Hosang teve 5 filhos:  
  • Caroline Sophie Elise Hosang (1871) – casada com Alwin Franz Schrader; 
  • Otto Franziskus (Franz) Hosang (1873) – casado com Clara Henrica Gustava Odebrecht – Otto Hosang  foi residir em Timbó e abriu a sua própria cervejaria ;
  • Clara Hosang  (1875) – casada com o Conde Von Westarp;
  • Franziskus (Franz) Hosang (1877) – casado com Ana Maschke;
  • Helena Hosang (1879) – casada com Hermann Schossland; 
Antigas garrafas de cerveja alemãs – Em muitas famílias das primeiras décadas da colônia eram encontradas este tipo de garrafas, as quais eram abastecidas pelo cervejeiro.

Heinrich Peter Andreas Hosang trabalhou até os últimos tempos de sua vida, produzindo cerveja. Faleceu em 10 de dezembro de 1888, com a idade de 60 anos. Viveu 30 anos em Blumenau.
Curiosamente o Heinrich Hosang nasceu no ano de 1828, migrou para Colônia de Blumenau em 1858 e faleceu no ano de 1888. Está sepultado no Cemitério Luterano do Centro de Blumenau.
Deixou grande montante documental sobre a arte de fazer cerveja para seus herdeiros, como também, o livro de registro das vendas de cerveja no período de 1880 a 1881, a comerciantes e particulares locais onde há dados curiosos sobre os consumidores da cerveja, naquela época.
Fonte: Site Family Search.
Alguns nomes da Colônia Blumenau que revendiam a cerveja fabricada por Heinrich Hosang: Reinhardt, Fernando Schrader, Henrique Probst, Sutter, W. Scheeffer. Victor Gaertner, Paulo Hartamann, Stein, Wegener, Beyer, Fiedler, Assenburg, Rabe, Schreiber, Paupitz, H. Kestner, H. Hering, Guilherme Engelke, Jens Jensen, entre outros.
Em 1906, Franciskus Hosang assumiu, sozinho, a responsabilidade pela firma, até 1923 quando, por motivo de doença, viu-se obrigado a fechar a fábrica, vendendo todo o acervo, material e maquinismos, à firma Bock, de Nova Breslau (Presidente Getúlio), onde ainda prestaram serviços por longos anos.
                     
Em 2017, através de um Decreto Legislativo, foi instituída a Comenda Municipal do Mérito Cervejeiro Heinrich Hosang, no município de Blumenau, pelo presidente da Câmara Municipal de Blumenau, Marcos Rosa, no uso de suas atribuições, conferidas  através do artigo 36, VIII, do Regimento Interno, que promulgou o seguinte decreto:
(…)Art. 1º Fica instituída a COMENDA MUNICIPAL DO MÉRITO CERVEJEIRO HEINRICH HOSANG, no município de Blumenau.
Art. 2º A Comenda Municipal do Mérito Cervejeiro Heinrich Hosang será conferida, pela Câmara Municipal, ao mestre cervejeiro e às pessoas que se dedicam à fabricação e divulgação de cervejas, artesanais ou industrializadas, produzidas em Blumenau, pela qualidade do processo de elaboração, pelos relevantes serviços que transformaram Blumenau na Capital Nacional da Cerveja e que, por mérito excepcional em prol do Município, se tenham tornado merecedores dessa distinção.(…)
As Comendas são entregues a cada dois anos, no mês de março e a primeira foi entregue em 28 de março de 2018 – em alusão ao nascimento do patrono, o primeiro mestre cervejeiro de Blumenau Heinrich Peter Andreas Hosang. Valeu nossa pesquisa para a história, sendo útil já no presente.
Personagens da História de Blumenau…
Observamos que, até os dias atuais, algumas marcas de cervejas, ainda são engarrafadas na Alemanha como aquelas, feitas na Colônia Blumenau do século XIX. Prática trazida de lá para a região, como também, também vem fazendo algumas marcas de cervejas artesanais da região.
Garrafas de cervejas alemãs atuais com o mesmo sistema de fechamento usado por Hosang na região de Blumenau no século XIX.
Nossa pesquisa de 2015 sobre o primeiro cervejeiro de Blumenau Heinrich Hosang, foi praticamente usada na íntegra no livro A Colônia Blumenau no Sul do Brasil de Gilberto Gerlach, Bruno Kadletz e Marcondes Marchetti – página  220 – Tomos I,  o que muito nos honra, pois é um dos nosso principais livros de referência atualmente.

Referências

  • HUMPL, Max. Crônica do vilarejo de Itoupava Seca: Altona: desde a origem até a incorporação à área urbana de Blumenau, 1.ed. Méri Frotschter Kramer e Johannes Kramer (organizadores). Escrito em 2018. Blumenau: Edifurb, 2015. 227 p. : il.
  • Family Search. Heinrich Peter Andreas Hosang. Disponível em: https://www.familysearch.org/tree/person/details/99ZR-T42 Acesso em : 11 de maio de 2022 – 8:56h.
  • GERLACH, Gilberto. Colônia Blumenau no Sul do Brasil. Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José : Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.) : il., retrs.
  • PANTZIER, Helge. Uma Viagem Para Nunca Mais Voltar. Blumenau : Nova Letra, 2015.
  • SILVA, José Ferreira da.  Cervejarias de Blumenau. Revista Blumenau em Cadernos. Tomo III, stembro de 1960. N°9.
  • SILVA, José Ferreira da.  História de Blumenau. 2.ed. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1988. – 299 p.
  • WITTMANN, Angelina. 10° Festival Brasileiro da Cerveja – Blumenau SC. 9 de março de 2018. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2015/03/casa-husadel-120-anos.html. Acesso em: 10 de maio de 2022 – 18:34h.
  • WITTMANN, Angelina. Festival Brasileiro da Cerveja Blumenau 2017 e a História de cerveja em Blumenau e região. 9 de março de 2018. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2015/03/casa-husadel-120-anos.html. Acesso em: 10 de maio de 2022 – 18:34h.
  • WITTMANN, Angelina. Heinrich Hosang – Primeiro Cervejeiro de Blumenau. 31 de março de 2015. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2015/03/casa-husadel-120-anos.html. Acesso em: 10 de maio de 2022 – 20:45h.
  • WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – Primeiro
    Negociante de Terras no Vale do Itajaí.
     Rio Sul – RIO DO SUL – TOMO XXI N. 5/6 Novembro/Dezembro de 2019. Páginas: 32-69.

 

Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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segunda-feira, 30 de março de 2015

domingo, 29 de março de 2015

Cemitério I - Local de Visitação e História - Cemitério Luterano Centro - Blumenau


São muitas as percepções e os rituais em torno da última morada do corpo físico - ao longo da linha do tempo da história das civilizações, nos mais variados lugares do mundo. Muito teríamos para dissertar e escrever sobre o Cemitério - palavra que deriva do latim: Coemeterium e significa "pôr a jazer" ou "fazer deitar". Foi empregada  pelos primeiros cristãos para designar os terrenos destinados ao sepultamento dos seus mortos. Seus cemitérios ficavam geralmente fora dos muros das cidades. As catacumbas, primeiros cemitérios subterrâneos dos cristãos estavam localizados nas principais vias que chegavam à Roma clássica.
Catacumba de Roma
A partir do século XVII começou a existir falta de espaço para enterrar os mortos e, em muitos lugares, foram criados cemitérios afastados dos centros urbanos
Em muitas cidades existem cemitérios em que os ritos funerários são cumpridos de acordo com a religião. Também há cemitérios para o sepultamento de chefes militares e figuras públicas. O estilo arquitetônico das tumbas e as personalidades que estão enterradas em um cemitério fazem com que muitas vezes ele se torne um ponto turístico e atraia muitos visitantes, como por exemplo o cemitério de Père Lachaise - na cidade de Paris, que recebe milhares de pessoas do mundo inteiro, competindo com renomados museus e pontos turísticos da cidade.
Com as características atuais - o espaço do cemitério é recente. No mundo antigo - dentro da cultura egípcia - os homens viviam para organizar sua morte e são lembrados por seus túmulos - mastabas e pirâmides feitos para durar por toda eternidade. 
Pirâmides - Túmulos dos Faraós - Egito
Os povos bárbaros, não enterravam seus mortos. Incineravam o corpo material e devolviam-no à natureza dentro de rituais. Os primeiros cristãos, como já mencionado - sepultaram seus mortos nas catacumbas, cavernas onde também faziam seus primeiros cultos. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do maior império do Ocidente - Roma - passaram a enterrar seus mortos nas igrejas.
A explosão demográfica e o risco de proliferação de doenças fez com que surgissem a proibição de prosseguir o sepultamento nas igrejas.
A seguir, para ilustrar, alguns dos...

Cemitérios mais famosos do mundo...

O Cemitério Acatólico de Roma também é conhecido como Cemitério dos Ingleses ou Cemitério Protestante. Fica em um dos mais romanos bairros da capital italiana, o Testaccio.
Cemitério Acatólico de Roma
O cemitério Alter Johannisfriedhof fica no centro-oeste de Leipzig, cidade independente localizada no Estado da Saxônia, na Alemanha.
Cemitério Alter Johannisfriedhof
O cemitério Bunhill Fields está localizado no meio do centro financeiro de Londres. Muito mais do que um cemitério, Bunhill Fields é considerado pelos londrinos como um parque e atrai desde casais até ciclistas e corredores.
Cemitério Bunhill Fields
Cemitério Complexo - museu Mêvlana - Konya é uma das cidades mais sagradas da Anatólia Central, na parte asiática da Turquia. Com mais de 1 milhão de habitantes, a cidade foi dominada pelos Seleucidas no início do século 11 e incorporada ao Império Otomano.
Cemitério Complexo - museu Mêvlana - Konya
Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires - arquitetura funerária em estilo grego neo-clássico.

Cemitério de Montparnasse, em Paris, onde estão enterrados intelectuais, políticos e artistas franceses. Por esta razão, o cemitério é uma atração turística bastante popular.
Cemitério de Montparnasse
O cemitério de Père Lachaise é o mais antigo e o maior de Paris, com mais de 43 hectares de extensão.
Cemitério de Père Lachaise
O Highgate Cemetery está localizado na região norte de Londres e foi inaugurado em 1839.
Highgate Cemetery 
Cemitério de Schwanberg  - Rödelsee - Sul da Alemanha - onde as pessoas são sepultadas sob as árvores de tílias no alto da montanha. A árvore recebe uma pequena placa metálica com a identificação. Prática das tribos Germânicas.
Nesta floresta queremos nossas cinzas espalhadas ao vento.
 Schwanberg  - Rödelsee
Há muita vida pulsando nos cemitérios: seja nas obras de arte, ou nas informações sobre a história. Geralmente, os visitantes identificam elementos que ilustram a história social e artística da região no qual o mesmo está instalado, através de sua estatuária, obras arquitetônicas, epitáfios, símbolos variados.
Há  registros de fotografias, datas de nascimento e de partida - Verdeiros museus a céu aberto.
Fotografia adicionada no dia 5 de novembro de 2016.
Está encostada em um rancho no final do cemitério luterano do
centro de Blumenau - encostada em uma pilha de madeira.
Muitas vezes, no seu espaço estão sepultados personagens da história local, regional, e até internacional, como é o caso do túmulo de Fritz Müller, sepultado no cemitério da Igreja Luterana do Centro de Blumenau - o primeiro cemitério instalado no seu Stadtplatz. - Visitamo-no. Está localizado aos fundos da Igreja Luterana Centro e do Hospital Santa Catarina.
Fundos da Igreja Luterana  Centro  - Blumenau


Encontramos alguns nomes da História local, regional e internacional. Nomes de pessoas que são mencionados repetidas vezes nas páginas da História de Blumenau - fundada por imigrantes alemães, em 1850.


As imagens comunicam...Cemitério Luterano Centro

Família Friendreich - Primeiro sepultamento em Blumenau
Família Bichels.
Família Inthurn.

Família Fuhrmann.

Família Schrader.

Família Sachtleben..

Família Holetz.

Família Rabe.

Família Schindler.

Família Jensen.


Família  Germer.

Família Altenburg.

Família Dittrich.

Família Schwarzer.



Família Sachtleben.


Família Bruns.

Família Handke.

Família Deeke.

Família Otte.
Família Lorenz.
Família Schmidt.



Família Probst.
Família Gropp.


Família  Bier.

Família Wichmann.


Família Bieging.


Família Zinke.
Família  Nochleitner.


Família Vielhaus.
Família Läsker.

Família Berndt.

Família Feddersen.


Família Buckendahl.

Família Riechert.
Família  Buechler.
Família Kleine.

Família Christen.


Família Hering.

Família Exter.
Família Pöthlig.

Família Koch.
Família Salinger.




Família  Back.
Família Odebrecht.



Família Steinbach

Família Odebrecht.

Família Stutzer.

Família Lüders.

Família Haertel.

Família Lüders.

Família Wendeburg.

Família Gärtner.

Família Hosang.

Família Nebelung.

Família Lüders.
Família Hafner.


Família Distel.




Família Lauper.
Família Ziemendorf



Família Rabe.

Família Bayer.
Família  Weinberg.


Família  Wehmuth.

Família  Gieland.
Família Garbe.


Família  Gaulke

Família Konopka.
Família Beck.


Família Huberle.

Família Kusters.
Família Schmidt.
Família Hahn.



Família Creutz.
Família Kühne



Família Uesler.
Família Maasen.


Família Frischknecht

Família Kunse.

Família Strutz.



Família Dohmen.

Família Klitzke.
Família Souza.


Família Doss.

Família Beims.
Família Schleiff.



Família Socher.

Primeiro Diretor da EFSC - Família Rohkohl




Família Grahl.

Família Meinecke.

Família Peneder.


Família Altenburg.

Família Rischbieter.
Família  Müller
Naturalista reconhecido internacionalmente
Para ler sobre Dr. Müller - Clicar sobre 
Fritz Müller



Família Kegel.


Família  Scheidmantel

Família Paul.

Família Hinsching.
Família Hautmann



Família Eberhard.

Família Hacker.


Família Berndt.

Família Feddersen.
Família Deeke.
Família Zadrosny.



Família Gross.
Família Setter.


Adicionar legenda
Família Gärtner.

Família Steinbach.







Família Hering.

Família Probst.



Família Scheefer.

Família Busch.




Família Deeke.
Família Schrader.


Família Schmidt.

Família Butzke.






 






















Família Jansen.
"Sepulturas antigas são realmente encantadoras, pois cada uma tem sua particularidade. São como que obras de arte, uma distinta da outra.
Uma das mais bonitas que já fotografei ficava no cemitério da Igreja Luterana Centro, em Blumenau (foto abaixo). Vi que você tirou várias fotos de lá, mas certamente não a encontrou porque foi demolida alguns anos atrás. Era de uma pessoa falecida em 1899 e ficava logo atrás do jazigo da família Fritz Müller." Em 14 de maio de 2018 -  Gilfredo B. Ballod

 











































Palavras e comunicação silenciosa...
Parte da História de Blumenau.

Leituras complementares - Clicar sobre o título escolhido:
  1. Cemitério I - Local de Visitação e História - Cemitério Luterano Centro - Blumenau
  2. Cemitério II - Local de visitação e História - Cemitério São José - Blumenau
  3. Cemitério III - Local de Visitação e História - Cemitério De Encano - Indaial SC - Jardim da Saudade
  4. Cemitério IV - Local de Visitação e História - Cemitério de Warnow Alto - Indaial SC - Comunidade Polonesa
  5. Cemitério V - Local de Visitação e História - Cemitério da Linha Popi - Itapiranga SC
  6.  Cemitério VI - Cemitério da Comunidade Testo Alto - Pomerode SC
  7. Cemitério VII - Local de Visitação e História - Cemitério da Igreja Luterana - Rio do Sul SC
  8. Cemitério Itoupava Central - História viva - Nome das famílias pioneiras
  9. A igreja Luterana de Rio do Sul - referencia visual dentro da cidade do início do Século XX - e sua análise atual
  10. Festa da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Warnow Alto - Indaial SC
  11. Igreja da Paz - Pomerode - Cemitério do imigrante
  12. A igreja (Luterana) - Rio do Sul - Cemitério e sua análise atual
  13. Ascurra - Comunidade Centenária - Ilse  - Cemitério - Indaial SC
  14. Uma volta nos Bairros Itoupavazinha e Itoupava Central - Cemitério - Blumenau SC
  15. Caspar David Friedrich

Em construção...